sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Vento e mar




Abandonado é como senti.
Dado o vento incauto, sem direção,
invasor do espaço que existia entre nós,
ventres ventos num vem-vai ilimitado.

Reza murmurada rosto a rosto...
Praguejando término que não queremos mais vai aproximando,
e se perde numa elegia de incontáveis versos,
mazela irrecuperável que o vento vadio anima;

Equilíbrio acalorado, correnteza de saudade esguia,
rio que leva e traz um só peixe,
verdadeiro amor líquido desconhecido
insistência de iemanjá no vigoroso movimento do mar,

rasgando a terra desesperada, que espera
e se refaz apressada para logo em seguida recomeçar.
Revelando-se aurora nova, com o nascer do sol
que aprova, aquilo que ousamos conhecer e
queremos mais. Mesmo assim, sozinho aqui. Acompanhado.

Um comentário:

Juliana Durães disse...

Laranjeira
Em Holanda
Na palmeira
Quem não tem gosto
oi laranjá
Pisa no chão