quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Fuçando (por Raffa Gomes)





Assaz, nunca gostei de te deixar ali,
para trás, por sempre , em sonhos santos,
politizar outros encantos
da gente...

É quando se joga os dados
sem preocupar com os números
dado que os lados, não os tem mais.
Quimera de devaneio com matéria!
desfazendo um não sei o que d'arte.

Emergência que bate a porta da vida
e a vida desfaz e restaura!
Sem o saber!

Não me olhava nos olhos
fuçava meus interiores sem pedir para entrar
compunha sinfonia, só por estar...
fazia caracóis curtos
no longo dos meu cabelos
soprava versos inacabados
resolvia chamar de poesia, até
seu respirar cadenciado, só estando..


Som - So mutch Things to say / Lauryn hill

Um comentário:

Nadine Granad disse...

Um afaguinho p/ você:

Delicados versos!... Ficou leve, ao mesmo tempo em que a matéria poética escolhida se faz densa!...
... Uma despretensão, um despreocupar... tanto formal, quanto da essência da poesia!...

Abraços!