quarta-feira, 25 de agosto de 2010

..Sobre o amor (por Raffa Gomes)

Não é nenhum tipo de arrogancia ou coisa que o valha,
mas, sobremaneira, independente falar desta forma
ao que cabe no popularesco ou costumeiro que intrinseco,
se faz moda a nossa frente, mas..
O que aqui se faz, aqui dentro, se forma de forma
incongruente e inequívoca e não nunca foi dito,
em circunstância nenhuma em qualquer balada
que se ouvira por ai.
Não é algo de supersticioso ou cansativo;
não tem repetição, desapetite ou outrovir
independente do quanto se quer querer e nem tão doce
ao revés das lendas fabulosas..
Tem algo de bruto sim, feito semente colocada na terra
rasgando a terra pra deixar de ser o que era, pra ser
outrem..Árvore, planta pequena, mato,jabuticabeira!
Feito espetar o dedo costurando,e praguejar o dedo
por estar no lugar errado,já que a agulha deveria
e haveria de passar por ali, de qualquer jeito.
Há também uma especie de outr'alguem circundando
incitando as coisas a darem certo, na hora que devem.
Entre aspas, tirando o problema da frente;
Não obstante e indiscutivelmente necessário,
é a facilidade com que tudo não acontece facilmente,
já que a planta pra crescer, tem que enraizar, e dolorido
como mãe pra parir, é a terra pra soltar seu libelo ao mundo
desejando unicamente que sua gratidão, venha com qualquer
reação..
Mas venha.
Contumaz, severo e atento por instinto..
Audacioso, sagaz, memorável e frágil e fragificado por disposição.
A gente sem tamanho, fica destamaninho e é;
Fica arroz com feijão na hora da fome e é;
fica com as letras parecidas no nome e é.
Dor no ouvido quando tem muita gente gritando,
mas não pelo barulho. Outrolado. É um silencio
tão ensandecido de preenchido, qu'a gente,
a gente não consegue segurar sozinho e não pede ajuda.
Não sente dor, e não desanima.
Respirafundo e respira.
Cala quando preciso e prossegue..
 

2 comentários:

Nadine Granad disse...

Sobre[tudo] o amor...

Contradição, eis a síntese!...rs

Linda descrição... saudades de ler-te!

Beijos =)

Rodrigo Pontes disse...

Madruguinha... ao ler-te chorei regando as minhas próprias raízes murchas, doídas, enterradas em terra árida, sonhando com o tempo da primavera... Muito bom. Adorei!