E ai, ali estava.
Quando acordei, que não sabia se estava,
reparei mas não vi, havia um alarde
que transfigurava o que à mim, se
"Arrotinava" dia a dia na humilde casa
de rua qu'eu vivia :
Tinha os prédios, tinha as árvores
ainda que poucas e tudo que tinha, e
acabara ali, de nascer um morto
vivendo assim assim, suas poucas horas de vida
com fama e mal gosto.
Ouvi o barulhinho das pessoas burburando,
dado que o motoqueiro que se extendia,
ainda no chão jazia sem comunicação
parecia o ricão dentro do grande
carro intacto e imóvel, quase em sintonia
com o outro que mais vivia,
e decidi que lá chegaria.
Como havia muitos dias que não me
banhava nem comia, só existia com
os corriqueiros nãos que recebia,
cambaleava com todo o sono de
começo de dia, fui aproximando,
e nunca me senti tão rei, importante
gente com vida. Precisava ver: era
como um médico que chega, com uniforme
e maleta e bombeiro por perto.
Ia chegando e o povo abria,
fazia um corredor no meio da bagunça de gente
até lá, onde acontecera o embate.
E ai, ali estava:
Um morto-vivo;
Um vivo-morto e
E eu que existia.
O povo que calava. Vida voôu,
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