Olhos e algum tipo de fantasia intelectual
desvairada, da criança que chora,
da que brinca e corre.
Um delirio rasgado que assusta,
desconcerta quando a gente se obriga
a despedir porque as horas vem, e não se tem
outracoisa a fazer a não ser Voar ali,
de pés no chão de frente pra ela,
de pés no chão e sedento e cego.
E uma certeza de tantas coisas
naqueles olhos, tantas diferenças
certas como setas rumo ao alvo que,
quando se a si percebe, foram-se horas
e histórias e histórias...
Uma ciranda de carinhos e imagens,
de nudezas e invasões e a falta do
diminutivo na quarta palavra desta estrofe
explica o quanto a quantidade de belezas
das musas dos poetas e dos escritores,
e músicos e doutores, autores e reis;
fabulosistas, cronistas, contadores;
Marias bonitas, Helenas ou dulcinéias ou
Dorotéias ou divinas são tão grandes quanto
a quantidade de belezas que existe tão
inteiramente DentroFora desta que é tantas
e tão poucas num só dia e hora das tantas
que felizes vivemos, e despedimos.
Para logo s'encontrar.
Como ela vento e eu mar.
Como eu raio de sol e ela pedra.
Tudo ao mesmo tempo no seu tempo.
Aqui e ontem,
Hoje e agora.
Assaz.